sábado, 31 de maio de 2008

À Morte (para Liesel, a Roubadora de Livros)

Lágrimas manchando a escuridão da noite.
A Morte caminhando em meio à névoa.
Caminhando letalmente em meio à neve.
Caminhando e recolhendo milhares
(Ou milhões; perdeu a conta)
De almas imaturas.
De almas inocentes.
De almas!
Crianças, idosos, homens, mulheres...
Mas ela somente faz seu trabalho.
Ela somente recebe ordens.
E percorre, lentamente, quase saboreando,
Um céu, que não tem mais cor de chocolate.

Ociosidade Corrosiva

A respiração
Pesada.
A inspiração
Perdida.
Lapsos de luxúria
Corroem-me.
Espasmos de prazer
Abandonam-me.
Oh, ociosidade!
Mental, ora pois não!
Não obstante minha obsessão,
Tortura-me ainda mais
Saber que o não saber
É o menos letal dos caminhos.
Viceralmente ferida,
Intimamente lacrada,
Recuso-me a ser
Apenas mais um anjo torto.

domingo, 25 de maio de 2008

Special Session: IGUALDADE OU REBELIÃO!

Estou no meio de uma legião de inconformados.
Parecemos animais, agora somos cães fardados.
Marchamos rumo ao nada, só temos nosos ideais.
Abandonamos nossas famílias, nos despedios de nossos pais.
Não temos sentimentos, isso só nos atrapalha.
Tomamos nossas armas, nos preperamos para a batalha.
Cantamos nossos hinos, aprumamos nossas bandeiras.
Marchamos para o front, invadimos suas barreiras.
E qundo tudo acaba, ainda não estamos cansados.
Pois nós somos os guerrilheiros, somos os ultimos enviados.
O que nós exigimos?Mais amor à pátria!!!Mais amor à terra!!!
Ou nos dão a igualdade, ou eu vos declaro guerra!!!

Special Session: RAPAZ²

A sua solidão me atrai,
Mesmo que isso fuja ás regras da sociedade.
A tua sobriedade, mesmo que embriagado.
O teu jeito de ser só,
E gostar disso, mesmo que não gostando.

Teus versos,
Tão vivos, tão ternos,
Teu jeito de ser criatura e criador,
Me fazendo feliz e triste,
Ao mesmo tempo, mesmo que não gostando.

Special Session: POEMAS NÃO PUBLICADOS

Poemas não-publicados
Na frente da tv
A cabeça, vazia, inerte,
Absorta em não pensar.
As palavras fugindo,
E o cheiro, o som de sua fuga,
Se perdem em meio á tela fria.
Os sentimentos? Foram junto.
As aparências?
Conservadas eternamente,
No vídeo,
Na tela,
Nos poemas não-publicados.

Special Session: RAPAZ

Oh, rapaz...
Não sabes quanto tempo
Eu anceio por teu "oi".
"Oh, não sumas!", eu digo sempre,
Mas quem disse que você me entende?
As horas passam, como sempre,
E eu não devia esperar menos de você.
Mas as horas passam,
Me angustiam, me enfurecem,
E eu continuo me frustando,
Esperando sempre mais de você.
As palavras já não soam tão naturalmente,
Os pensamentos, tensosSão naturalmente,
letalmente meus.
"Oh, não sumas!",
eu digo sempre,
Mas você nunca me entende!
Tal como éter,
Vicio-me cada vez mais em tua melancolia.
Teus olhos não me fitam mais.
Teus pensamentos já não me são devotados.
E eu lhe imploro,
"Oh, não sumas!"
Oh, rapaz...
Não sumas,
Não me deixe,
Não me abandone,
Não me deixe morrer!

Special Session:POESIA

Quando o poeta se torna poesia
É a vida dele que se entorna.
Quando as palavras dele fazem verter lágrimas dos olhos do leitor,
Ele se torna poesia também.
Quando a vida do poeta se transforma
O seu mundo, seu redor
Não há espaço pra fantasia.
Pois na poesia, tudo é real.
E por mais que a distância o faça enrrugar a testa
O sentimento do leitor viaja
E faz de suas lembranças, carnaval.

sábado, 24 de maio de 2008

Vazio

Num sorriso torto
Num silêncio sufocado
Num olhar asustado,
Há vida.

Na opressão,
Na desordem,
Na ira, no afago,
Há vida. Há morte.

Na cadeira, vazia,
Seu corpo, jazia,
Sem razão de ser
Ou estar.

Na cadeira, vazia,
Sem razão, utopia,
As paredes ouviam
Seu murmúrio de dor.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Insensibilidade

No quarto, trancada.
Num abismo, calada.
A alma vazia,
Não quero mais nada.
Só resta o silêncio
A voz arrastada.
Um último pedido:
Morrer sem sentir nada!

Será?

Falando com as paredes
Pois ninguém quer te ouvir.
Controla os pensamentos,
Tem medo de agir.
O cérebro travado,
O corpo está também.
Roubaram a sua alma
E te fizeram de refém!

Por mais quanto tempo
Você vai aguentar?
Como pode dormir
Tendo sempre que calar?
Vai deixar sua vida passar
Ou vai se libertar?
Vai deixar sua vida passar
Ou vai por as coisas em seu lugar?

O ar está pesado
Dá quase pra tocar.
Eu vejo violência,
Drogas em todo lugar.
A morte é uma constante,
Mentiras, prostituição.
Perguntam se algo está errado,
E você diz que não!

Por mais quanto tempo
Você vai aguentar?
Como pode dormir
Tendo sempre que calar?
Vai deixar sua vida passar
Ou vai se libertar?
Vai deixar sua vida passar
Ou vai por as coisas em seu lugar?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Blues, baby

Domingo de manhã
Acordei com disposição
Até que veio um crente
E bateu no meu portão
Pedi pra ele sair
Até que com educação
Mas o fiadaputa
Não quis ir embora não
Mal pude esperar
Pra tudo aquilo acabar
E eu por um fim naquilo.

Já tava acordada
Então liguei para a Pê.
Chamá-la pra sair,
Pra dançar e pra beber.
Marcamos pra mais tarde
Então eu fui almoçar
A Pê sabe agitar
E eu mal podia esperar
Curtir um som legal
Na minha idade isso é normal.
Eu engoli meu rango.

Chegou então a hora
E eu fui encontrar a Pê.
Cheguei até mais cedo
Pr'agente não se perder
O show tava lotado,
Cheio de gato pra todo lado,
Um tanto dando mole,
O resto era tudo viado;
A pinga era de graça
Então descemos para a praça
Fui encontrar meu lindo.

O cara me deu um bolo,
E isso eu não vou perdoar!
Voltei para o salão,
Nesse show vou me acabar.
Bebi até cair,
Bebi até vomitar,
O cara apareceu
E começou a me xingar.
Acordei, era um sonho!
Que domingo enfadonho,
Pois tem um crente no meu portão...

Perfeição Decadente

Sejam bem vindos ao mundo perfeito
São todos iguais, ninguém tem defeitos
Dirijam-se à sala de rotulação
Escolheremos seu nome, cor e nação.
Seu estatus social
Será definido pelo Jornal Nacional.

Eu não quero ser você
Um velho porco imundo
Sem nada pra fazer.
Eu não quero ser você
Se essa é sua felicidade
Eu prefiro morrer.


As mulheres não tem cérebros
Só precisam de um corpo esbelto.
Os homens só tem músculos
Agir ou pensar são tons incertos
Crianças instigadas ao ódio
Do que é diferente
Todos são subordinados
Mesmo inconcientemente.

Eu não quero ser você
Um velho porco imundo
Sem nada pra fazer.
Eu não quero ser você
Se essa é sua felicidade
Eu prefiro morrer.

Estagnação Mental


Você acha que está certo
Essa fome de poder?
Você acha que está certo
Você só querer vencer?
Você acha que está certo
Tanta violência atoa?
Você acha que está certo
Essa sua vida boa?

Eu discordo do seu modo
De agir e de pensar
Sua vida é tão fútil
Praticamente vegetar
Está na hora de agir
Já não basta só falar
Está na hora de agir
Chega de estagnar!


Você acha que está bom
Esses moleques armados?
Você acha que está bom
O poder desses fardados?
Você acha que está bom
Países bombardeados?
Você acha que está bom
Tanto poder estagnado?

Eu discordo do seu modo
De agir e de pensar
Sua vida é tão fútil
Praticamente vegetar
Está na hora de agir
Já não basta só falar
Está na hora de agir
Chega de estagnar!

Guerra

Matando tanta gente por causa de território
Matando tanta gente só por causa de petróleo
Matando tanta gente e isso é sempre, sempre em vão
Matando tanta gente pelo orgulho da nação!

Bando de parasitas
Não se importam com nossas vidas
A paz é utopia.
A paz é utopia.
Bando de imperadores
Não passam de traidores
A paz é minha utopia.
A paz é minha utopia.


Matando as pessoas pra cobaias de remédio
Matando as pessoas só por que estão com tédio.
Matando as pessoas pra ver se algo melhora
Matando as pessoas, o mundo explode e só piora!

Bando de parasitas
Não se importam com nossas vidas
A paz é utopia.
A paz é utopia.
Bando de imperadores
Não passam de traidores
A paz é minha utopia.
A paz é minha utopia.


Matando a natureza só por causa de seus lucros.
Matando a natureza, esses porcos sem escrúpulos.
Matando a natureza, extorquindo nossos fundos
Matando a natureza, cadê Deus, cadê meu mundo?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

I'm not you(r)!


Eu sou alguém. E por mais que as pessoas digam que não, sou alguém muito importante. Se não pra você, pra mim ao menos, sou indispensável. Como diria a velha música, "Eu não sou você". E não adianta tentar mudar o passado: não nasci colada à você, e não é agora que vou "virar" seu clone! As pessoas sempre esperam que eu seja uma garota "normal", que sai de shortinho, tem merda na cabeça e vai na onda das amiguinhas. Mas eu me recuso a ser assim. Me recuso a ser mais uma. Me recuso a ser quem eu não sou só pra te agradar!
Foda-se esse seu conceito de "mulher perfeita". Se fosse pra eu ser perfeita, primeiramente, não estaria aqui desabafando para pessoas que me desconhecem em minha totalidade ociosa(só quem já me viu "atoa" sabe do que eu falo). Não sou, não fui, não quero ser e nunca serei você!

sábado, 17 de maio de 2008

Vozes Taciturnas

Calem-se essas vozes
Malditas em minha mente
Deixem-me só
Por um minuto ao menos.

Morram estes pensamentos
Escusos ímpiamente
Em minha cabeça.
Deixem-me só
Com minha consciencia!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Eufemismos

Algrias efêmeras
Num peito cinza:
A alma é feita de cinzas.
Destinos imutáveis,
Dias taciturnos:
Sou a Fênix. Sou a cinza.

Alegrias surreais,
Companhias transeuntes:
Conte-me suas verdades ignóbeis.
Afasta de mim teus olhos foscos.
Você é o mar.
Sou talassofóbica.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Heaven or hell?

Essa lágrima nunca vai cair?

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sufocamento

Mentiras me vem à mente
Sempre que você pergunta se está tudo bem.
Como eu poderia estar??
Quanto mais eu me sufoco
Pra parecer bem pra você
Mais meu coração me estrangula
Para eu vomitar a verdade de vez.
Eu quero liberdade
Libertinagem, seja lá o que for.
Quero correr, gritar, chorar
Fazer o que eu tiver de fazer!
Quero amar, errar, perder
Ganhar, viver, morrer!
Quero ser eu mesma,
independente das consequencias.

v.v

Homicídio.
Suicídio.
Parricídio.
Infanticídio.
É tudo uma morte só.
A morte é igual,
Pra todos,
Todos nós.

(em) Vão!

Quando triste, escrevo.
Quando feliz, sorrio.
Automaticamente, à cumprir trabela
Pois sei que, lá fora,
A morte, querida, me espera.
Eclipses mentais,
Tempestades verbais.
Confusões! Confusões!
Oh, deixem-me, damas vís!
Não obstante, não partam.
A solidão, com certeza, é pior que vós.
E o esperado crepúsculo?
A noite final, quando há de chegar?
Será que demora?
Será que demora?
Oh, agonia final;
Abata-se sobre mim,
Arrebata-me daqui
Antes que até minh'alma me deixe!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Amores Sufocados

Amores sufocados
Num peito desesperado.
Estrangulado, incinerado.
Pensamentos marcados
Com dia, hora e lugar.
Homicidas, suicidas,
Sem ter razão de ser.
Passos no escuro,
Sem a luz da razão
Que me cercava a cada dia.
Onde estão seus passos?
Não sei mais se quero segui-los.
Será que me satisfaria
A sua vida sem-graça?
Que não passa de uma simples,
Humilde e sem-vida existência.

À Luta!

As grandes massas nos gritam aos ouvidos:
-A luta está gasta!
Tornaram nossos líderes
Clichês pré-adolescentes.
Onde está Guevara?
Onde está Sandino?
Esquecidos em nossas mentes,
Provavelmente.
E as vítimas dos massacres?
Da peste, da fome?
Da violência social,
Verbal, cultural, mental...
Milhões de mortos-vivos,
Sem ambições, vontade ou ponto-de-vista,
Que seguem à risca
Os mandamentos da novela.
Onde está a liberdade?
A verdadeira, digo agora.
Não nos cabe esperar:
Façamos nossas leis,
E à batalha, finalmente!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ácidez Verbal

Suas palavras tem incríveis poderes.
Me encantam e me entristecem.
Me curam e me ferem.
Me alegram e me angustiam.
Me fazem voar e, de repente,
Despencar... Cair... Cair...

Me põem num extase
E me matam!
Corroem minha alma,
Decepam meus sentidos,
Desnorteiam-me.

Ah! fazes isso só para teres pretextos!
Para curar-me,
Para reter-me,
Deixar-me com fome,
Deixar-me com sede,
Fazer-me de ladra
E roubar-te de vez!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Mad?

Hoje é quinta-feira. Não tenho lugar para sorrisos fingidos. Não tenho ânimo para visitas. Não tenho alma para agitar. O que me resta? Uma tela fria, sem alma, sem vida, sem companhia. O que eu quero? Não sei. O que sei é que não está bem... Mas como eu mudo isso?
Ouvindo Cólera, Exploited, Garotos... E assim eu me definho nessa cadeira desconfortavel, deixando de lado meus livros, meus amigos, minha vida... É assim que me sinto agora. É assim que me sinto quando estou aqui.

Talvez você ache que eu só estou exagerando, que não me é cabível uma melancolia tããão grande, mas... não consigo mudar-me.
Talvez eu nem o queira.
Alguns quilômetros daqui tem alguém tão ou mais triste que eu. E eu não estou lá. As vezes me pergunto se um dia estarei com ele. Se um dia juntaremos tanta tristeza e faremos algo construtivo...
Tantas idéias, poucas ações.

Tanta loucura, poucos acessos...
Tanto amor, tanta vontade!

Ylednew
21:39

segunda-feira, 5 de maio de 2008