domingo, 31 de agosto de 2008

Cortesia de M. Reis.

já comi rapaduras
já comi paruája
provei tantos rangos,
quem não dá nem pra lembrar.
já fritei jaca na banha
já ranguei com mendigões
já provei que tenho a manha
comer tofú com melões.
pra consumar minha gula
lhe darei uma receita
de dar-lhe agua na boca
e lamber a beiceta!

pegue uma garrafa de vinho
jogue dentro da panela
misture óleo e açúcar
jogue jábá dentro dela.
a medida dos igredientes
você coloque a gosto
mas não se esqueça de adicionar
barro do fundo do poço
é o seguedo do prato
dará-lhe um grã paladar
lembrará-lhe carne de rato.

sirva em um recepiente
que você deve ter em seu abrigo,
prato de samambaia velha
suja de lodo, onde um cachorro tenha bebido,
aguá pua e de cristal aparencia,
onde a companhia da copasa tenha garantido-lhe a transparencia.

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*coloque ai a receita, sirva no almoço de domingo.
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para garantir a surpresa
de quem comer isso ai
lhe dará certo efeito
um infaliveu pirirí
cagarão uma semana
e você vai morrer de rir.

cortesia de M.reis

um dia desses u te ensino...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sociedade: fiasco.

O homem foi à lua,
E também fez a guerra.
Nos colonizou
E matou nossa terra.
Desde o sertão
Até a favela,
De fome e de medo,
Uma criança berra.
A falsa moral
E a hipocrisia,
Nos tiram a calma
E o pão de cada dia.
A cidade é cinza,
O chão é vermelho,
Pessoas se matam
Em frente ao espelho.
Homens de terno,
Mulheres de plástico,
Esbanjam dinheiro
Em sorrisos falsos.
Não dá pra pensar
No caminho à escolher
Entre as cenas de sexo
E as bundas da tv.
Os livros largados,
Cultura no ralo,
Triste realidade;
Sociedade: fiasco.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Inóqua.

Geito símples, olhar vazío,
Sorriso inóquo como num defunto.
Pele alva, pretérito encoberto,
De palavras rudes,
Mas sem escalabrez.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O querer.

Eu não queria querer-te como te quero.
Eu não podia amar-te como amo.
Não quero, não posso, não devo
Esquecer-me de mim!
Será que soaria inconcebível
Eu nutrir-te algo tão complexo?
Ou talvez parecesse vazio,
Triste ou sem sentido
Eu julgar-me assim, tão fragil.
Não quero, não posso, não devo
Esquecer-me de ti!
Se as trevas me envolvessem
Nós estaríamos juntos, jovens,
Presos de novo?
Faze-me feliz
Por horas, minutos, segundos(ou vidas) em fim.
Não quero, não posso, não devo
Esquecer-me de nós!

Silêncio

No silêncio dessa casa escura
Minha mente (inerte, agora) procura,
Procura,
Procura.
Será que chegou minha hora?
A solidão me acompanha
Ou me deixou só também?
As duvidas surgem a cada momento
É tortura inimaginável, inigualável, indiscutível.
Você me acompanha
Ou me deixou só também?
Ridiculamente eu espero.
Paciência é algo que tenho em quantidade
Infelizmente, mesmo quando não quero.
Acho que vou me largar em um canto qualquer por aí.
Talvez eu me ache.
Talvez eu me perca.
Talvez eu acabe
E pare de fazer estas perguntas bestas.