sexta-feira, 27 de junho de 2008

...

Ao dia mais vazio de minha vida,
Dedico cantigas longínquas,
De quando todos pensavam por mim,
De quando todos me sorriam,
Quando minh'alma sem máculaS
onhava em campos verdes, céus azuis;

Tempo em que não existia passado.
Futuro?! Nem sabíamos o que era.
Quando imaginávamos sinfonias infinitas,
Que se realizavam na freqüência do brilho do sol;
Tempo em que a maior conquista
Era poder gritar com a alma
- não parecíamos loucos;

Tempo em que as tempestades não eram mentais
E as alegrias eram maiores que as preocupações.
Festas não me traziam constrangimento,
Pudores eram desconhecidos...
Temores? Só à noite.

Todos me compreendiam.
Todos me acarinhavam.
Tudo tão temporário quanto o pôr do sol...

Ao dia mais triste, dedico minha alma maculada pelo tempo
Antes que eu desista (ou não possa) escrever.

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