Uma tristeza sólida me atinge
E eu sei que um porquê não há.
Mordo a ponta da caneta
E espero as palavras virem
(coisa que nem sempre acontece).
Silêncio.
Alguém passa correndo na rua,
Olha pra mim e eu retribuo
(com medo).
Silêncio.
Um gole de café ou dois.
É o que basta para me tirar o sono.
Meus olhos se enchem d'água.
Silêncio.
Silêncio.
Silêncio.
Me cansa tanto viver
Que eu me esqueço de andar por aí
Aproveitando o que me resta
Do meu mal humor.
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