quinta-feira, 25 de junho de 2009

Poemeto Melancólico para Manuel Bandeira

Minha vida é uma ilha,
Meu mundo é um quarto.
Meus olhos são janelas viradas prum muro;
Viradas prum beco.
Meus amores são vãos; são vis.
Minhas tempestades não passam rápido.

Meu mundo é uma ilha,
Minha vida é um quarto.
Meus sonhos se realizam na caneta,
no papel.
Nada aqui é completo de fato.
  -Qualquer hora eu fujo para Pasárgada.-

Minha vida é uma janela;
Meu mundo é abstrato...
Meu peito não tem égides, represas.
Me transbordo e me mato:
  -Amor- chama, e, depois, fumaça...-

Dedicado visceralmente a Laurêncio

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